Projeto
O Projeto de Valorização da Paisagem Vitivinícola de Santa Maria (PVPVSM) surgiu em 2018 e tem como objetivo a recuperação plena das paisagens culturais da vinha em toda a ilha, com especial incidência nas baías da Maia e de São Lourenço.
É um projeto de todos, com interdependências a nível ambiental, agrícola, cultural, social e turístico.
Contextualização histórica
Registos históricos e populares sugerem uma cultura vitivinícola na ilha de Santa Maria desde inícios do século XV. Em meados do século XIX, doenças fúngicas como míldio, oídio e filoxera abateram-se sobre as vinhas e que, combinadas com uma crescente tendência de emigração, levaram ao abandono progressivo dos currais de vinha.
Estes foram sendo invadidos por outras espécies levando a que os padrões quadriculados se tornassem invisíveis debaixo de cobertos de fetos ou de jovens florestas - áreas localmente conhecidas como mortórios.
Para combater este flagelo, muitos produtores plantaram os vinhedos com castas americanas, conhecidas pela sua resistência, embora também por um vinho de qualidade inferior [Sousa, 2004].
É precisamente neste contexto de resiliência e de uma cultura em terrenos improváveis, conquistados em socalcos fortemente inclinados nas encostas da ilha, que surge a expressão “viticultura heróica” [Figueiredo, 1954], tipicamente associada à produção de vinho nas fajãs de São Lourenço e da Maia, mas também de áreas mais inacessíveis como o Sul, Tagarete, Raposo e outros ao redor de toda a ilha-mãe.
Inúmeros estudos debruçaram-se sobre a história, o povoamento, as tradições, os costumes e a geografia física e humana da ilha de Santa Maria [ver catálogo]. Com base nestes, é evidente que o isolamento destas áreas produziu singularidades a vários níveis, incluindo a nível da cultura vitivinícola.
Essa humanização da paisagem dotou as Baías de São Lourenço e da Maia de características paisagísticas únicas. Enquanto património natural e cultural da ilha de Santa Maria, estas paisagens merecem ser devidamente preservadas e valorizadas já que apresentam um enorme potencial produtivo com benefícios diretos e indiretos para o desenvolvimento económico e para o posicionamento turístico desta ilha.
Visão
A longo prazo, a visão partilhada pelos parceiros envolvidos no projeto é de que, seguindo uma colaboração transdisciplinar, se garanta a preservação, a proteção (legal e material) e a promoção destas áreas enquanto elementos identitários de Santa Maria e dos Açores.
A colaboração entre os diversos parceiros do projeto, na busca contínua de sinergias e de otimização de processos, está a assegurar a recuperação da paisagem e da cultura vitivinícola da ilha bem como de todos os valores ambientais, culturais, económicos, sociais e turísticos que nela se encerram.
Através da transferência de conhecimento e da profissionalização da atividade de vitivinicultura, pretende-se ainda estimular proprietários de vinhedos a proceder à sua reabilitação para produção e vinificação com qualidade que venha a garantir a certificação de Indicação Geográfica de vinhos Marienses.
É ambição do PVPVSM que, à semelhança da paisagem vitivinícola do Pico, as paisagens vitivinícolas das fajãs da Maia e de São Lourenço venham a ser classificadas como Património da Humanidade pela UNESCO na categoria de Paisagem Cultural.
Registos históricos e populares sugerem uma cultura vitivinícola na ilha de Santa Maria desde inícios do século XV. Em meados do século XIX, abateram-se sobre as vinhas flagelos sucessivos de míldeo, oídeo e filoxera, que combinados com uma crescente tendência de emigração levou ao abandono progressivo dos currais de vinha que foram sendo invadidos por outras espécies e cujos padrões quadriculados se tornaram invisíveis debaixo de cobertos de fetos ou jovens florestas - áreas localmente conhecidas como mortórios.
Registos históricos e populares sugerem uma cultura vitivinícola na ilha de Santa Maria desde inícios do século XV. Em meados do século XIX, doenças fúngicas como míldio, oídio e filoxera abateram-se sobre as vinhas e que, combinadas com uma crescente tendência de emigração, levaram ao abandono progressivo dos currais de vinha.
Estes foram sendo invadidos por outras espécies levando a que os padrões quadriculados se tornassem invisíveis debaixo de cobertos de fetos ou de jovens florestas - áreas localmente conhecidas como mortórios.
Para combater este flagelo, muitos produtores plantaram os vinhedos com castas americanas, conhecidas pela sua resistência, embora também por um vinho de qualidade inferior.
É precisamente neste contexto de resiliência e de uma cultura em terrenos improváveis, conquistados em socalcos fortemente inclinados nas encostas da ilha, que surge a expressão “viticultura heróica”, tipicamente associada à produção de vinho nas fajãs de São Lourenço e da Maia, mas também de áreas mais inacessíveis como o Sul, Tagarete, Raposo e outros ao redor de toda a ilha-mãe.
Inúmeros estudos debruçaram-se sobre a história, o povoamento, as tradições, os costumes e a geografia física e humana da ilha de Santa Maria (ver catálogo). Com base nestes, é evidente que o isolamento destas áreas produziu singularidades a vários níveis, incluindo a nível da cultura vitivinícola.
Essa humanização da paisagem dotou as Baías de São Lourenço e da Maia de características paisagísticas únicas. Enquanto património natural e cultural da ilha de Santa Maria, estas paisagens merecem ser devidamente preservadas e valorizadas já que apresentam um enorme potencial produtivo com benefícios diretos e indiretos para o desenvolvimento económico e para o posicionamento turístico desta ilha.
Pelo seu valor natural, social e cultural, as paisagens de São Lourenço e da Maia, e suas culturas vitivinícolas, são importantes quer para os habitantes da ilha de Santa Maria quer para os residentes de todo o Arquipélago. Com base nesta abrangência, o desenvolvimento do projeto assentou numa robusta componente colaborativa.
Inicialmente coordenado pelo Município de Vila do Porto, o PVPVSM é um projeto pluridimensional que conta com sinergias entre 9 entidades públicas, privadas e associativas, locais e regionais. Esta abordagem permite acelerar a ação através da conjugação de conhecimento e de esforços que beneficia individualmente cada um dos parceiros envolvidos bem como o projeto enquanto um todo.
Cada um dos parceiros ligados ao PVPVSM, identificados na imagem abaixo, desempenha um papel especializado mas essencial, partindo de uma intervenção sistémica em que se torna evidente que o todo é sempre maior que a soma das partes.
Componentes
Devido à dimensão e pluralidade de domínios conexos ao PVPVSM, o projeto subdivide-se em várias componentes. Pode explorá-las abaixo onde pode ainda encontrar ligações para sites externos, com informações complementares.
O RURITAGE é um projeto colaborativo focado na reabilitação de paisagens-património, liderado pela UNESCO e a Universidade de Bolonha. Lançado em Junho de 2018, é financiado pela União Europeia e operacionalizado por um consórcio de 38 parceiros em 18 países.
Em estreita colaboração, autoridades locais e regionais, universidades, centros de investigação, centros de inovação e ONGs conjugam esforços para a regeneração rural através da valorização do Património Natural e Cultural existente.
Na sua génese está a seleção de 6 territórios como exemplos de sucesso na reconstrução de património em seis áreas de inovação sistémica: peregrinação, paisagem, resiliência, arte & festivais, migração e comida local.
Em Fevereiro de 2019, foram abertas candidaturas para projetos de replicação adicionais, sendo que as vinhas de Santa Maria foram uma de 17 áreas seleccionadas de entre 89 áreas-candidatas. A inclusão do PVPVSM no RURITAGE permitiu alcançar uma rede internacional de networking e potencializa a visibilidade internacional do projeto. Adicionalmente, foi acesso a conhecimento e ferramentas essenciais para o desenvolvimento e implementação de estratégias de regeneração com sucesso comprovado.
Para informações detalhadas acerca do PVPVSM no âmbito do RURITAGE, aceda aqui.
Em 1987, por Decreto Legislativo Regional, as Baías de São Lourenço e da Maia foram classificadas como Reservas Naturais e, posteriormente, em 2008, convertidas em Áreas de Paisagem Protegida (Decreto Legislativo Regional n.º 47/2008/A de 7 de Novembro de 2008). Ao longo do tempo e a nível local, regional e nacional, diversos Instrumentos de Gestão do Território (IGTs) têm limitado atividades, construções e usos do solo nestas duas áreas.
Ainda que importantes, estas medidas não contemplam os valores culturalmente identitários daquelas paisagens. Neste sentido, é importante que haja um processo de classificação das unidades de paisagem das Baías de São Lourenço e da Maia devido ao seu interesse municipal e público.
Este primeiro passo, com o intuito de aumentar as ferramentas de controle de urbanização nas baías e de as reconhecer oficialmente a nível regional, já foi dado. A classificação regional destas paisagens é um ponto de partida crucial para que se proceda à sua classificação a nível nacional e, idealmente, a nível internacional.
Neste domínio, estão a ser desenvolvidos esforços para facilitar e acelerar a classificação destas paisagens como Património Mundial pela UNESCO.
A Cooperativa AgroMariense, em parceria com o Laboratório Regional de Enologia (LRE), liderou este projeto de micro-vinificação experimental com uma duração inicial de dois anos (Janeiro de 2022 a Dezembro de 2023).
O objetivo-chave deste projeto foi a produção de vinhos Marienses com Indicação Geográfica (IG) Açores. Para o comprimento desta meta, foi necessário a profissionalização do setor vitivinícola na ilha é necessária, englobando não só a troca de conhecimento popular, técnico e científico, mas também a implementação de condições físicas e técnicas para assegurar a transformação das uvas.
O projeto tem várias componentes, desde um programa de produtores – que inclui capacitação e apoio técnico – à implementação de uma adega certificada – que permite o processamento de uvas desde a caixa de entrega até à garrafa rotulada. Os produtores participantes terão oportunidade de visitar os seus pares nas áreas vitivinícolas dos Biscoitos, Graciosa e Pico, e no final do projeto serão apresentados os seus resultados num evento público.
Embora a produção artesanal de vinho Mariense seja uma realidade quase desde o povoamento da ilha, não há qualquer registo sistematizado da quantidade ou qualidade dos vinhos produzidos. É sabido que os vinhedos são dominados por castas maioritariamente híbridas – uva de cheiro ou Jacquet e Herbemont. Embora sejam castas mais resistentes e produtivas, os vinhos resultantes são objeto de limitações legais no que toca à sua comercialização.
A produção de vinhos Marienses de Indicação Geográfica (IG) Açores obtido a partir de castas nobres, quer da Região quer da lista nacional autorizada, permitirá aumentar os rendimentos dos produtores e estabelecer um equilíbrio económico necessário ao desenvolvimento do setor vitivinícola na ilha.
Descubra mais sobre o Santa Maria Wine Lab aqui.
Em 2019 a Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural (SRADR) assinou um protocolo de cooperação com a Santa Casa da Misericórdia de Vila do Porto para a cedência de terrenos na Maia e em São Lourenço.
Este acordo possibilitou a instalação de campos de experimentação de viticultura em tais terrenos, configurando um passo indispensável no rumo à produção de vinhos IG Açores a partir de Santa Maria.
Através do Serviço de Desenvolvimento Agrário de Santa Maria, e com o apoio de técnicos especializados em vitivinicultura, estes campos experimentais têm permitido a observação do ciclo de vida de castas regionais de Arinto, Verdelho e Terrantez, bem como de outras castas da lista nacional autorizada.
Esta componente do PVPVSM foi operacionalizada como incubadora de boas práticas vitivinícolas, com o objectivo de demonstrar aos produtores Marienses que a produção de vinho a partir de castas nobres é exequível na ilha.
A troca de conhecimento entre os envolvidos é um benefício acrescido, especialmente para os produtores que, através de observação direta, obtêm inspiração e motivação para o plantio de castas nobres.
As vinhas de Santa Maria são ícones paisagísticos da ilha desde há muito celebrados através da cultura popular, da literatura, da fotografia, da pintura e do marketing turístico.
Especialmente a partir de inícios do século XX, quer o anfiteatro vinhateiro de São Lourenço quer a ponta do Castelo/Farol da Maia com o seu manto de vinhas ganharam destaque, assumindo-se como ex-libris da ilha.
A Direção Regional do Turismo identificou rotas temáticas pelos Açores para divulgar o património cultural do arquipélago. Na Rota das Vinhas, a par de locais como Santa Cruz da Graciosa e Bom Jesus (Graciosa) ou Capelas (São Miguel), encontra-se São Lourenço onde “a viticultura é ainda mais improvável do que nos Biscoitos da ilha Terceira ou nos lajidos do Pico”.
Com a recuperação da paisagem e da produção vitivinícola em Santa Maria no âmbito do PVPVSM, prevê-se um aumento do interesse turístico neste setor e na sua história. Através de atividades como visitas guiadas às vinhas, prova de vinhos ou mesmo participação nas vindimas, pretende-se desenvolver o enoturismo na ilha envolvendo locais e turistas naquela que é uma atividade secular da ilha com enorme potencial económico.
Parceiros
Pelo seu valor natural, social e cultural, as paisagens de São Lourenço e da Maia, e suas culturas vitivinícolas, são importantes quer para os habitantes da ilha de Santa Maria quer para os residentes de todo o Arquipélago. Com base nesta abrangência, o desenvolvimento do projeto assentou numa robusta componente colaborativa.
Inicialmente coordenado pelo Município de Vila do Porto, o PVPVSM é um projeto pluridimensional que conta com sinergias entre 9 entidades públicas, privadas e associativas, locais e regionais. Esta abordagem permite acelerar a ação através da conjugação de conhecimento e de esforços que beneficia individualmente cada um dos parceiros envolvidos bem como o projeto enquanto um todo.
Cada um dos parceiros ligados ao PVPVSM, identificados na imagem abaixo, desempenha um papel especializado mas essencial, partindo de uma intervenção sistémica em que se torna evidente que o todo é sempre maior que a soma das partes.
Clique nos logos abaixo para informações detalhadas acerca dos parceiros envolvidos no PVPVSM.
Cronologia
Clique nas imagens para mais fotos do evento.
• 8 outubro 2018
I Encontro-Debate Valorização e Reabilitação das Paisagens Vinhateiras de Santa Maria
Evento no âmbito do Ano Europeu do Património Cultural e de onde surgiu o consórcio que originou o PVPVSM. Partilha de ideias sobre a importância de valorizar, proteger e promover as paisagens vitivinícolas Marienses e discussão de iniciativas para a reativação da produção
• 9 outubro 2018
Mesa redonda – Discussão sobre a Valorização e Reabilitação das Vinhas e Paisagem Vinhateira de Santa Maria
Primeiro evento onde se reuniram as partes interessadas no PVPVSM e que decorreu no seguimento das manifestações de interesse expressas pelas mesmas no decorrer do I encontro-debate. Formalização do consórcio do PVPVSM, definição de objetivos, de linhas orientadoras do projeto e de planos de ação colaborativa.
• dezembro 2018 a março 2019
Limpezas e plantação de Campos Experimentais
No decorrer destes meses, os Serviços de Desenvolvimento Agrário e o Parque Natural de Ilha de Santa Maria procederam aos trabalhos de limpeza e plantio dos campos experimentais nas baías de São Lourenço e da Maia, um passo essencial na avaliação do potencial de plantio de castas nobres certificáveis.
• 10 e 11 maio 2019
II Encontro-debate Valorização da Paisagem Vitivinícola de Santa Maria
Encontro focado na conjugação de abordagens histórica, cultural, científica, produtiva, financeira e social a incluir no projeto, como elementos promotores do desenvolvimento local. Primeira prova de vinhos artesanais Marienses em demonstração da produção atualmente existente na ilha e ante-estreia mundial do documentário Vitis Prohibita – Les Retour des Cépages Resistants.
• 1 junho 2019
Seleção das Paisagens Vinhateiras de Santa Maria como projeto replicador no âmbito do RURITAGE
São divulgados os resultados das candidaturas a áreas-replicadoras da regeneração rural dos 13 casos de sucesso no âmbito do RURITAGE. As paisagens de São Lourenço e da Maia configuraram uma de 17 áreas selecionadas de entre um total de 89 candidaturas.
• 6 a 7 agosto 2019
Sessões de informação sobre o Projeto "Valorização da Paisagem Vitivinícola de Santa Maria" em São Lourenço e Maia.
As baías de São Lourenço e da Maia receberam duas sessões de informação sobre o PVPVSM. Estas sessões, promovidas pelo Município de Vila do Porto em parceria com a Sustain Azores, o Parque Natural de Ilha e os Serviços de Desenvolvimento Agrário de Santa Maria, foram situações privilegiadas para esclarecimento junto de proprietários/as e usufrutuários/as de vinhas, produtores e comunidade local interessada sobre o projeto.
• 3 a 7 setembro 2019
Visita da Equipa de Acompanhamento do Projeto ao Pico
Nesta visita de reconhecimento, em antecipação da apresentação do PVPVSM, elementos da Câmara Municipal de Vila do Porto e da equipa de consultores visitaram a Comissão Vitivinícola Regional dos Açores, o Laboratório Regional de Enologia bem como vinhas e adegas de diversos produtores.
• 28 a 30 outubro 2019
Apresentação do Projeto de Valorização das Paisagens Vinhateiras de Santa Maria aos parceiros RURITAGE
No seguimento da seleção de Santa Maria como área-replicadora, elementos do PVPVSM deslocaram-se a Appignano del Tronto, em Itália, para apresentar o PVPVSM. Para além de promover o projeto e a ilha além-fronteiras, a capacitação e troca de conhecimento foram alguns dos benefícios desta apresentação.
• 8 novembro 2019
Publicação da Portaria nº78/2019
Reformulação das normas complementares de execução do regime de apoio à reestruturação e reconversão de vinhas (VITIS) para a inclusão de discriminação positiva para candidaturas de vinhas Marienses que prevê prioridade na seleção de candidaturas oriundas na ilha de Santa Maria.
• 14 e 15 novembro 2019
III Encontro - debate Valorização da Paisagem Cultural Vitivinícola de Santa Maria
Último encontro-debate realizado no âmbito do PVPVSM com uma abordagem predominantemente histórica e cultural, focada na paisagem vinhateira enquanto património. Foi debatido o futuro das vinhas marienses e apresentados exemplos de sucesso em gestão de património como o Pico ou Cinque Terre.
• 31 dezembro 2020
Candidatura do Santa Maria Wine Lab ao PO 2020
Nesta data a Cooperativa AgroMariense apresentou a candidatura ao Programa Operacional Açores 2020 para a obtenção de apoio que viabilizasse a componente do PVPVSM “Santa Maria Wine Lab” englobando a contratação de um enólogo e a instalação de uma adega de micro-vinificação experimental para obtenção de vinhos certificáveis com Indicação Geográfica Açores.
• 2 dezembro 2021
Aprovação do Santa Maria Wine Lab
A 2 de Dezembro de 2021 é aprovada a candidatura do Santa Maria Wine Lab, homologada por Despacho do Secretário Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública a 10 de Dezembro de 2021. Marca o início das atividades conexas a esta componente com vista à produção de vinhos com castas certificáveis.
• 24 e 25 junho 2022
Jornadas Agrícolas Marienses
Encontro para partilha de experiências em várias áreas da agricultura para promoção do crescimento e desenvolvimento deste setor. No evento defendeu-se a valorização pelo meio da diferenciação e modernização e contou ainda com a apresentação do projeto Santa Maria Wine Lab.
• 28 agosto a 25 setembro 2022
Primeira vindima no âmbito do PVPVSM
A partir da 3ª semana de Agosto de 2022 começaram a ser entregues as primeiras uvas na Cooperativa AgroMariense, processo que terminou no fim do mês de Setembro do mesmo ano. Este foi um processo essencial para a primeira produção de vinhos, resultantes de processos experimentais de conjugação de castas não certificáveis e certificáveis.
• 11 outubro 2022
Primeira prova de vinhos
Para assinalar o Dia de São Martinho, a Cooperativa AgroMariense abriu ao público as portas da adega experimental. Com o intuito de partilhar o progresso do projeto, foi dada a oportunidade aos presentes de provar 5 de 18 vinhos que foram obtidos a partir de cerca de 10 toneladas de uva, um dos quais certificável pela combinação de castas de Castelão e Touriga Nacional.
• julho a setembro 2023
Segunda vindima
Na 3ª semana de Julho de 2023 dá-se o início da primeira apanha das uvas e entrega na Cooperativa AgroMariense, processo que terminou no fim do mês de Setembro do mesmo ano. Este foi um momento essencial para a tomada de consciência da potencial produção de uva a partir de castas nobres e real possibilidade de produção de vinho certificável com Indicação Geográfica (IG) Açores.
• 9 a 12 novembro 2023
Santa Maria Wine Fest
Evento de apresentação pública dos resultados do projeto de Investigação e Desenvolvimento em contexto empresarial “Santa Maria Wine Lab”.
FAQ
Abaixo pode encontrar respostas a perguntas frequentes relacionadas com o PVPVSM.
Caso a sua questão não se encontre nesta lista, use a secção “Quem posso contactar” para falar connosco
Este projeto tem por objetivo a recuperação e preservação da paisagem vinhateira de São Lourenço e da Maia enquanto património natural e cultural da ilha. Ao capitalizar os seus recursos, pretende-se reavivar este setor e dinamizá-lo de forma a que se retomem os benefícios tangíveis e intangíveis desta atividade.
O PVPVSM é um consórcio de 9 entidades públicas e privadas, promovido pela CMVP e co-promovido pela AgroMariense Coop. Para conhecer todos os envolvidos e o seu papel, vá a parceiros.
O projeto iniciou-se em 2018 e, considerando a necessidade de um trabalho contínuo na preservação das Paisagens Culturais de São Lourenço e Maia, não tem termo.
Enoturismo é um mercado de atividade turística motivado pelo vinho e sua produção. Este segmento turístico envolve visitantes nas tradições e cultura vitivinícola das localidades onde se produzem esta bebida. Atividades podem incluir visita a vinhas e/ou adegas, participação nas vindimas, provas de vinhos, entre outras. Tem um enorme potencial para a ilha e seus residentes devido aos potenciais ganhos a nível social, cultural, turístico e económico.
Sim. Há uma diversidade de apoios públicos para a agricultura em geral e para a cultura vitivinícola em particular. Os produtores associados ao PVPVSM terão direito a apoio técnico na obtenção de financiamento a programas de apoio, como o VITIS, garantindo assim instrumentos financeiros para aliviar os custos de manter ou aumentar a capacidade produtiva.
Este é um regime de apoio à reestruturação e reconversão de vinhas que tem sido essencial para a recuperação destas nas encostas de São Lourenço e da Maia.
Consulte os prazos para a apresentação de candidaturas, a legislação e outra informação aqui.
Não necessariamente. Os apoios no âmbito do VITIS, prevêem a reconversão de vinhas existentes, não a sua destruição. De acordo com as necessidades e objetivos de cada produtor, poderão ser mantidas as castas existentes ou estas podem ser substituídas por outras com vista à obtenção de certificação IG Açores.
Sim. A componente de apoio na profissionalização do setor vitivinícola de Santa Maria contempla apoio nestes domínios. Os produtores envolvidos no PVPVSM contactarão com profissionais de agricultura e enologia residentes, mas também de outras ilhas,com o intuito de potenciar a troca de conhecimentos.
A venda de uvas é feita diretamente à AgroMariense Coop. Apesar do Santa Maria Wine Lab ter término em dezembro 2023, a Cooperativa continua empenhada na compra da sua uva. As uvas são compradas ao quilo, havendo preços distintos de acordo com as castas fornecidas.
Se tiver interesse em vender a sua uva, contacte a AgroMariense Coop aqui.
Pesquise na nossa secção dos parceiros e contacte a entidade mais adequada para o que procura.
Quer seja atualmente proprietário ou produtor, ou queira vir a sê-lo, pode obter informações sobre o projeto de diversas formas.
Informações técnicas e operacionais
AgroMariense Coop: +351 296 820 320 ou info@agromariensecoop.com
João Letras, enólogo responsável: joao.letras@agromariensecoop.com
Informações gerais acerca do projeto
Município de Vila do Porto: +351 296 820 000 ou geral@cm-viladoporto.pt